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domingo, 13 de abril de 2014

Simplesmente, Frida!


Magdalena Carmen Frieda y Calderón. Lendo este extenso nome identificamos um nome conhecido na história da pintura.Uma importante pintora mexicana do século XX, mais conhecida como Frida Khalo.
Frida Khalo nasceu em Coyocan, México, 6 de julho de 1907 e faleceu em 13 de julho de 1954, exatamente sete dias depois de ter completado 47 anos de idade. Era filha do famoso fotógrafo judeu-alemão Guillermo Khalo e de Matilde Calderon y Gonzales, mestiça.
Frida era apaixonada pela cultura de seu país e representava essa paixão em suas obras e em sua maneira de se vestir, incluindo elementos da cultura popular em seus trabalhos.

Frida nos deixou uma autobiografia e um diário, que foram publicados em 1953 e 1995, respectivamente. Neles, ela deixou registradas suas dores e frustrações pela infidelidade do marido Diego Rivera, por quem era muito apaixonada. Também deixou registrado tanto em suas obras quanto em seus escritos o sofrimento pela impossibilidade de ter filhos.  Sua vida está refletida e sintetizada em sua obra, que carrega uma linguagem própria, com imagens fortes de seu sofrimento físico e psicológico, decorrente de uma poliomielite na infância, um grave acidente na juventude e a relação conturbada com seu marido Diego Riveras, pintor mexicano. 

Frida, aos seis anos, teve poliomielite que a deixou com um dos pés atrofiados e uma perna mais fina que a outra. Quando ela tinha dezoito anos, um acidente gravíssimo deixaria marcas físicas e psicológicas profundas pelo resto de sua vida. Na época, Frida estudava medicina na Escola Preparatória Nacional e seus estudos foram interrompidos devido ao acidente. Ela teve seu corpo atravessado por uma barra de ferro, causando múltiplas fraturas, que a deixaram meses de cama até sua recuperação. Ao todo, ela fez 35 cirurgias e mesmo depois de sua recuperação ela teria complicações pelo resto da vida devido ao acidente.

A pintora Frida surgiu no período em que ela se recuperava do acidente. Sua mãe colocou sobre sua cama um cavalete, tela, tintas e pincéis e seu primeiro trabalho foi um auto retrato. Era assim que ela passava seu tempo de recuperação: pintando o que sentia.

Frida em sua cama, pintando uma tela

Sobre sua obstinação em pintar auto retratos, 55 ao todo, que representam um terço de toda sua obra ela justificava dizendo: "Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor".
Ao apresentar seus quadros a Diego Rivera pela primeira vez, nasce ali a artista e o amor entre os dois. Eles se casam quando ela tinha 22 anos.
Frida passa a acompanhar seu marido Diego em suas viagens aos EUA revelando seu talento e irreverência ao mundo. Ela sofre três abortos e tem os dedos do pé direito amputados. O casal volta dos EUA em 1934 e o relacionamento com Diego piora e ele começa a traí-la com sua irmã mais nova, Cristina.
Sobre sua dor pela perda de três filhos Frida confessa: "Pintar completou minha vida. Perdi três filhos e uma série de outras coisas que teriam preenchido minha vida pavorosa".
Frida se separa de Diego no ano seguinte e se relaciona com o escultor Isamu Noguchi. Logo, o casal se reconcilia e volta a morar juntos. Frida também tem um caso de amor com Leon Trotski que se refugia com a esposa Natalia Sedova em sua casa no México.
Graças a André Breton, escritor, poeta e famoso teórico do surrealismo, que se encanta por sua obra e lhe apresenta Julian Levy, colecionador e dono de uma galeria em Nova York, responsável por organizar a primeira exposição individual de Frida, realizada em 1939. A exposição foi um sucesso e ela realizou outras exposições em Paris, onde conheceu Picasso, Kandinsky, Duchamp, entre outros.
Frida ganha reconhecimento e fama por seus trabalhos, mas sua vida pessoal e sua saúde continuam a decair. Em seu diário escreve: "Pés para que quero, se tenho asas para voar?" A ideia de morte para Frida era algo tranquilizador e ela faleceu em 13 de julho de 1954, em sua cama, de embolia pulmonar, segundo foi divulgado. Em seu diário ela registrou: "Espero a partida com alegria... e espero nunca mais voltar... Frida."
Em 2002 foi lançado o filme "Frida"com a atriz Salma Hayek no papel de Frida. Um filme que revela a vida conturbada de uma das artistas mais fortes e marcantes da história da pintura.
O interesse pessoal por esta artista tem relação com o fato de ela ter sido uma figura feminina à frente de sua época. Seu envolvimento amoroso com homens e mulheres, não era bem visto pela sociedade mexicana, mas ela não se importava com as opiniões alheias e vivia sua vida como queria. Outro fator que a torna uma figura interessante era seu interesse pela arte, política e cultura. Sem falar de suas superações pessoais em relação ao grave acidente e suas sequelas e ao casamento conturbado com Diego. Sua obra intriga e causa angústia em muitos, porque expressa toda a sua dor e angústias internas. Ela sublimava sua dor através de sua arte. Frida encanta pela sua força pessoal e pela sua obra que expressa essa força!




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