No domingo passado
assisti ao programa Fantástico, especialmente para ver a reportagem sobre uma
escola pública de sucesso no Piauí. Mostrar em rede Nacional o que anda
acontecendo de bom na educação em algumas escolas, pode servir de injeção de
ânimo para que gestores e professores que enfrentam problemas no cotidiano
escolar, repensem seu papel na escola e dentro da educação.
Saber que há escolas
públicas de boa qualidade, em meio a tantas que enfrentam problemas sérios como
baixos resultados em provas, violência escolar e evasão, é como um sopro de
esperança para muitos gestores e educadores.
Ao sabermos que existem
escolas públicas que conseguiram resolver problemas como desinteresse de
alunos, falta de compromisso de professores, violência, notas baixas, podemos
nos perguntar: Que tipo de ações foram ou são desenvolvidas nessas escolas e
como essas poderiam apontar caminhos de sucesso para outras escolas? Há um
modelo de gestão? Há um modelo metodológico? Segundo os dados apresentados na
reportagem "somos a sexta maior economia do mundo, mas na educação,
estamos em 88º lugar. Os professores ganham mal e os alunos não gostam das
aulas."
Algumas escolas
mostradas na matéria, como uma escola no interior do Piauí, alcançaram ótimos
resultados em olimpíadas de Matemática e Química e outros prêmios, além de
notas acima da média no Enem.
Mas qual é o segredo
dessas escolas públicas de sucesso? Existe uma receita? Uma manual? Não.
Não há mágica. Há
conscientização de alunos, pais, professores e boa gestão. Simples, assim. O
trabalho em equipe é a chave. O gestor ou gestora precisa estar na direção,
mostrando que vale a pena "investir" no aluno. O gestor ou gestora,
junto aos professores, coordenadores e pais de alunos, precisam falar a mesma
língua, ter o mesmo ideal, buscar alcançar as mesmas metas. É preciso levar
professores, alunos e as famílias desses alunos a acreditar em seus sonhos,
levá-los a ter perspectiva na vida, mostrar que somente através da educação, é
possível construir uma comunidade e um mundo melhor. É sim um trabalho de
formiguinha se pensarmos em sociedade, mas se cada um fizer bem o seu papel,
com compromisso e paixão pelo o que se faz, não há como dar errado.
Nessa linha de
pensamento, decidi fazer um recorte da fala da diretora regional de educação do
Piauí, que considero importante para a reflexão de todo educador, seja qual for
sua área de conhecimento:
“A escola tem recebido
caravanas e caravanas com estudantes e estudiosos da educação para saber o que
acontece aqui. Eu digo: ‘não precisa não’. Basta que cada um faça o seu papel e
faça isso com engajamento. Seja professor que você quer ser professor e não
porque lhe falta opção na vida. Seja gestor porque você quer conduzir aquela
escola proporcionando o melhor para o aluno, e não porque você quer fugir de
uma sala de aula. Seja sistema porque você tem ideias para contribuir e quebrar
os paradigmas que forem necessários.
Então a partir do
momento que cada um de nós enquanto sistema, enquanto professores, enquanto pai
de aluno focarmos no principal do processo que é o aluno, isso pensando nele
enquanto profissional, ser humano, criança, adolescente, respeitando suas
peculiaridades, sua faixa etária. Nós pensarmos nisso com valores e não nos
moldes que está se perpetuando: ‘cada um por si e deus por todos".
Não há dúvidas de que a
educação é a única ferramenta capaz de transformar e de melhorar a sociedade. E
quando gestores, professores, alunos e família acreditam na educação como
transformador social, a educação pode melhorar muito.
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