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quinta-feira, 20 de março de 2014

Educação de qualidade é possível


No domingo passado assisti ao programa Fantástico, especialmente para ver a reportagem sobre uma escola pública de sucesso no Piauí. Mostrar em rede Nacional o que anda acontecendo de bom na educação em algumas escolas, pode servir de injeção de ânimo para que gestores e professores que enfrentam problemas no cotidiano escolar, repensem seu papel na escola e dentro da educação.
Saber que há escolas públicas de boa qualidade, em meio a tantas que enfrentam problemas sérios como baixos resultados em provas, violência escolar e evasão, é como um sopro de esperança para muitos gestores e educadores.
Ao sabermos que existem escolas públicas que conseguiram resolver problemas como desinteresse de alunos, falta de compromisso de professores, violência, notas baixas, podemos nos perguntar: Que tipo de ações foram ou são desenvolvidas nessas escolas e como essas poderiam apontar caminhos de sucesso para outras escolas? Há um modelo de gestão? Há um modelo metodológico? Segundo os dados apresentados na reportagem "somos a sexta maior economia do mundo, mas na educação, estamos em 88º lugar. Os professores ganham mal e os alunos não gostam das aulas." 
Algumas escolas mostradas na matéria, como uma escola no interior do Piauí, alcançaram ótimos resultados em olimpíadas de Matemática e Química e outros prêmios, além de notas acima da média no Enem.
Mas qual é o segredo dessas escolas públicas de sucesso? Existe uma receita? Uma manual? Não.
Não há mágica. Há conscientização de alunos, pais, professores e boa gestão. Simples, assim. O trabalho em equipe é a chave. O gestor ou gestora precisa estar na direção, mostrando que vale a pena "investir" no aluno. O gestor ou gestora, junto aos professores, coordenadores e pais de alunos, precisam falar a mesma língua, ter o mesmo ideal, buscar alcançar as mesmas metas. É preciso levar professores, alunos e as famílias desses alunos a acreditar em seus sonhos, levá-los a ter perspectiva na vida, mostrar que somente através da educação, é possível construir uma comunidade e um mundo melhor. É sim um trabalho de formiguinha se pensarmos em sociedade, mas se cada um fizer bem o seu papel, com compromisso e paixão pelo o que se faz, não há como dar errado.
Nessa linha de pensamento, decidi fazer um recorte da fala da diretora regional de educação do Piauí, que considero importante para a reflexão de todo educador, seja qual for sua área de conhecimento:

“A escola tem recebido caravanas e caravanas com estudantes e estudiosos da educação para saber o que acontece aqui. Eu digo: ‘não precisa não’. Basta que cada um faça o seu papel e faça isso com engajamento. Seja professor que você quer ser professor e não porque lhe falta opção na vida. Seja gestor porque você quer conduzir aquela escola proporcionando o melhor para o aluno, e não porque você quer fugir de uma sala de aula. Seja sistema porque você tem ideias para contribuir e quebrar os paradigmas que forem necessários.
Então a partir do momento que cada um de nós enquanto sistema, enquanto professores, enquanto pai de aluno focarmos no principal do processo que é o aluno, isso pensando nele enquanto profissional, ser humano, criança, adolescente, respeitando suas peculiaridades, sua faixa etária. Nós pensarmos nisso com valores e não nos moldes que está se perpetuando: ‘cada um por si e deus por todos".


Não há dúvidas de que a educação é a única ferramenta capaz de transformar e de melhorar a sociedade. E quando gestores, professores, alunos e família acreditam na educação como transformador social, a educação pode melhorar muito.

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